terça-feira, 1 de dezembro de 2009

E PURGATÓRIO EXISTE?


PURGATÓRIO




OBJEÇÃO : Os católicos acreditam na existência do purgatório, mas a bíblia não fala dele

RESPOSTA : É verdade que na Bíblia não se encontra a palavra "purgatório", como também não achamos nela as palavras de "sacramento da Confissão", da "Eucaristia" e do "Crisma". No entanto a Bíblia descreve situações, estados ou lugares que se identificam com a idéia de purgatório.
Em II Mac 12,43-46 lemos: "Judas, tendo feito uma coleta, mandou duas mil dracmas e prata a Jerusalém, para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição... Santo e salutar pensamento de orar pelos mortos. Eis porque ele ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres de seus pecados." - Ora ser livre de seus pecados, depois da morte, pelo sacrifício expiatório, indica claramente a existência do purgatório.

Alguns biblistas percebem a confirmação do purgatório nas palavras de Jesus em Mt 5,25-26: "Põe-te depressa de acordo com o teu adversário, enquanto estás ainda em caminho (da vida) com ele; a fim de que teu adversário não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares até o último centavo". É claro, que Jesus fala do justo juizo divino, depois da morte. Ora, sair desta prisão depois da morte, depois de ter pago o último centavo, (seja pelo sofrimento, seja pelas orações e expiações dos vivos) pode acontecer só no purgatório.
Outra alusão à existência do purgatório encontramos em I Cor 3,12-15: "....Aquele, cuja obra (de ouro, prata, pedras preciosas) sobre o alicerce resistir, esse receberá a sua paga, aquele, pelo contrário, cuja obra, (de madeira, feno, ou palha ), for queimada, esse há de sofrer o prejuízo; ele próprio, porém, poderá salvar-se, mas como que através do fogo." Também aqui a Tradição Apostólica entendia fogo do purgatório.
Entre testemunhas cristãs dos primeiros séculos, escreve Tertuliano: "A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágios todos os dias aniversários de sua morte." ( De Monogamia, 10 ).

O MEU POVO SE PERDE POR FALTA DE CONHECIMENTO



                              A IGREJA CATÓLICA ADORA IMAGEM?
ACUSAÇÃO : Os católicos praticam a idolatria, fazendo e adorando imagens, o que Deus proíbe na Bíblia, dizendo : "Não farás para ti escultura alguma do que está nos céus, ou abaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra" ( Ex 20,4 )
RESPOSTA : O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e coloca-los por cima da Arca da Aliança ( Ex 25,18-20 ) . Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Nm 21,8-9 ). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões ( I Reis 6,23-35 e 7,29 ), etc.
Seria uma grande blasfêmia desses "crentes" considerar Deus como incoerente, já que num lugar da Bíblia manda fazer imagens, esquecido que no ouro lugar o teria proibido ! Ora, os primeiros cristãos martirizados aos milhares porque se recusaram a adorar imagens de deuses falsos, estudaram a Bíblia com mais atenção e respeito. Eles não tiravam esses trechos proibitivos de seu contexto e, comparando-os com outros, ficaram convencidos de que Deus proíbe apenas fazer imagens de deuses falsos, e adorá-los - como o faziam os vizinhos pagãos, - mas Ele não proíbe fazer outras imagens.
Eis o verdadeiro sentido desta proibição bíblica, no seu contexto : "Eu sou o Senhor teu Deus que te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura alguma do que ( daqueles falsos deuses, que na errada imaginação dos pagãos ) está em cima nos céus, ou debaixo sobre a terra, ou nas águas, de baixo da terra. Não te prostrarás diante deles e não lhes prestarás culto, ( à imitação dos pagãos ) ( Ex 20,2-5 ). Esta proibição, intencionada por Deus, repete-se em vários lugares da Bíblia, como por ex. "Não adores nenhum outro deus" ( Ex 34,14 ) ou "Não farás para ti deuses fundidos. "(Ex.34-17) .
Por isso os primeiros cristãos pintaram nas catacumbas muitas imagens das cenas bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e legaram , para a veneração dos séculos posteriores, as imagens de Cristo-Sofredor, na toalha de Verônica, e no sudário sepulcral, guardado em Turim na Itália.
Alguns santos dos primeiros séculos afirmavam que as imagens da Bíblia, Via Sacra, de Jesus crucificado e dos santos são o único "livro" que também os pobres e analfabetos entendem e aproveitam. Isso vale, ainda hoje, para milhões de pessoas.
O sentido da veneração das imagens, segundo a tradição dos apóstolos, está resumido nesta bênção de imagens, do Ritual Católico:
"Deus eterno e Todo-Poderoso, não reprovais a escultura ou pintura das imagens dos santos, para que à sua vista possamos meditar os seus exemplos e imitar as suas virtudes. Nós vos pedimos que abençoeis e santifiqueis esta(s) imagem(ns), feita para recordar e honrar o vosso Filho Unigênito e nosso Senhor Jesus Cristo (ou : o(s) Santo(s) NN. Concebei a todos os que diante dela(s) desejarem venerar e glorificar o vosso Filho Unigênito (ou : o(s) Santo(s) NN.), que por seus merecimentos e intercessão, alcancem no presente a vossa graça e no futuro, a glória eterna. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém ".

sábado, 28 de novembro de 2009

MILAGRE EUCARÍSTICO DE LANCIANO



"A minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6,55-56).

Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..." E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo. Esta presença real da carne de Cristo (uma carne viva, unida à alma e à divindade do Verbo, pois Jesus está hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura há mais de 12 séculos e que a ciência examinou, e diante dos fatos, teve que se inclinar.

Sim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. E Deus permitiu para todos os que ainda duvidam da presença Eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência. "Isto é meu corpo! Isto é meu sangue!", disse Cristo (cf. Mt 26,26-28).

Este prodigioso milagre deu-se por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, na igreja do mosteiro de São Legoziano, onde viviam os monges da Ordem Basiliana (de São Basílio).

Entre os monges, havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho Seu verdadeiro Sangue. Mas a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.

Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:

"Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o monge num novo Tomé.



A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes.

Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, construído a mando das pessoas mais credenciadas do lugarejo.

A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.

Os Frades Menores Conventuais guardam o Milagre desde 1252, por vontade de Landulfo, bispo da vila de Chieti. Os monges da Ordem de São Basílio guardaram o Milagre até 1176 e os Beneditinos até 1252.

Em 1258 os Franciscanos construíram o santuário atual, que foi transformado em 1700 de romântico-gótico em barroco. Desde 1902 as relíquias estão custodiadas no segundo tabernáculo do altar monumental, erigido pelo povo de Lanciano no centro do presbitério.

O Milagre e a Ciência

Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre, a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.

Foi em 18 de novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome profissional e idoneidade moral a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo Prof. Ruggero Bertelli, Prof. emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.

Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:

• A Carne é verdadeira carne.

• O Sangue é verdadeiro sangue.

• A Carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).

• A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana.

• No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no Sangue encontram-se normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou, seja, é sangue de uma pessoa VIVA.

• A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário.

E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:

"E o Verbo se fez Carne!"

E o impressionante é que é a Carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e portanto a vida – ao corpo inteiro; do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós.

A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. "Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens", disse um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Sagrado Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduziu à cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares, em nossos sacrários e até em nossos corações.

Em todo o caso, guardemos isto: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro. É verdadeiramente que se dá e que eu como.

Tanto na hóstia como no vinho, está Jesus Cristo vivo e inteiro (corpo,

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

ENTRE SORRISOS E LAGRIMAS




Todos nós passamos por momentos bons e momentos ruins,

Prefiro descrever como momento de lágrimas e momentos de sorrisos,essa é nossa vida,tem dias que até o vento nos faz sorrir,e tem dias que apenas um olhar nos faz chorar,de onde será que vem essa inconstância do ser humano?por que muitas vezes aquilo que me faz sorrir hoje é o mesmo que me faz chorar amanhã? o que determina se vou chorar ou sorrir é força da minha decisão.

Toda decisão tem perdas e ganhos ,mas o ser humano nunca estar preparado para perder,e na maioria das vezes os nossos olhos se deparam nas perdas,e a dor da perda vai aos poucos tirando a nossa visão daquilo que ganhamos .as lagrimas da perda são para regar a semente da vitória que estar por vir.

Meu coração estar em festa,hoje faz um ano que tomei a decisão mais difícil da minha vida.entre lagrimas da partida e sorrisos da acolhida.

Hoje posso dizer sem medo,eu tomei a decisão segundo a vontade de Deus ,pelos frutos se conhece a arvore.sirvo a Deus na mesma intensidade,tenho uma noiva que me ama,(vou casar próximo ano)e sou feliz,me encontrei comigo.

A ALEGRIA DE SER ACOLHIDO POR QUEM AGENTE AMA,É MAIOR QUE TRISTEZA DE DEIXAR O QUE GENTE QUER.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

50 PROVAS DO PRIMADO PETRINO E DO PAPADO TIRADAS NO NOVO TESTAMENTO


50 Provas do Primado Petrino e do papado tiradas do Novo Testamento


A doutrina católica sobre o papado é bíblica e decorre do primado de São Pedro entre os Apóstolos. Como todas as doutrinas cristãs, desenvolveu-se ao longo dos séculos mas não se afastou dos seus elementos essenciais, presentes na liderança e nas prerrogativas do Apóstolo São Pedro. Tais prerrogativas foram dadas a São Pedro por Nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecidas por seus contemporâneos e aceitas pela Igreja Primitiva. Os dados bíblicos sobre o Primado Petrino são muito fortes e inelutáveis em virtude de seu peso cumulativo. Tal peso fica especialmente claro com o auxílio de comentários bíblicos. A evidência da Sagrada Escritura se segue logo abaixo:

1. Mt 16,18: “E eu te digo, tu és Pedro, e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja, e os poderes da morte não prevalecerão contra ela”.

A pedra (em grego, petra) aqui mencionada é o próprio São Pedro e não a sua fé ou Jesus Cristo {a}. Cristo não aparece aqui como a fundação, mas como o arquiteto que “constrói”. A Igreja é edificada, não sobre confissões, mas sobre confessores – pessoas vivas (ver, por exemplo, 1Pd 2,5).

Hoje o consenso da grande maioria dos eruditos e comentadores bíblicos se encontra a favor da interpretação católica. Aqui é dito que São Pedro é a pedra de fundação da Igreja, a cabeça e o superior da família de Deus (vemos aí a “semente” da doutrina do papado). Além disso, a palavra “pedra” expressa uma metáfora análoga à usada por São Pedro para designar o Messias sofredor e desprezado (1Pd 2,4-8; cf. Mt 21,42). Sem uma fundação sólida qualquer casa desaba. São Pedro é o fundamento, mas não o fundador da Igreja; administrador, mas não o Senhor da Igreja. O Bom Pastor (Jo 10,11) nos dá também outros pastores (Ef 4,11).

{a} – N. do T.: Alguns protestantes objetam que o nome de Pedro em grego, petros, significa “pequena pedra”, e que, portanto, Cristo refere-se a si próprio como rocha fundamental da Igreja, petra, “grande pedra”. Tal objeção não se sustenta porque: I – No grego koiné do NT as palavras petros e petra não possuem significados distintos [ver as seguintes fontes protestantes que confirmam este fato: Joseph H. Thayer, Thayer's Greek-English Lexicon of the New Testament (Peabody: Hendrickson, 1996), 507; D.A. Carson, "Matthew," in Frank E. Gaebelein, ed., The Expositor's Bible Commentary (Grand Rapids: Zondervan, 1984), vol. 8, 368]. II – A palavra grega para designar “pequena pedra” é lithos. Por exemplo, em Mt 4,3, o demônio tenta o Senhor a operar um milagre transformando algumas pedras, lithoi, em pães; em Jo 10,31, os judeus apanham pedras, lithoi, para apedrejar Jesus. III – Jesus falava aramaico, não grego, e em aramaico ele usou a mesma palavra para designar Pedro e pedra: kefa (cfr. Jo 1,42). Se o Senhor tencionasse chamar o Apóstolo de “pequena pedra”, teria usado o termo aramaico correspondente, evna. IV – O evangelista usou petros enquanto forma masculina de petra, para evitar uma impropriedade de gênero, a designação de um sujeito masculino – o Apóstolo – com um nome feminino – petra. V -Especialistas em grego reconhecem que petros = petra na sentença de Mt 16,18. A sintaxe da frase não deixa lugar para dúvidas. Petros é o mesmo sujeito que é designado sob o nome de petra, ou seja, São Pedro.

2. Mt 16,19: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus…”

O “poder das chaves” tem a ver com a disciplina eclesiástica e a autoridade administrativa com respeito às exigências da fé, como em Is 22,2 (cf. Is 9,6; Jó 12,14. Ap 3,7). É deste poder que derivam o uso de censuras, a excomunhão, a absolvição, a disciplina batismal, a imposição de penitências e os poderes legislativos. No AT um mordomo, ou primeiro ministro, é o “maior da casa”, o homem que ficava acima da assembléia (Gn 41,40; 43,19; 44,4; 1Rs 4,6; 16,9; 18,3; 2Rs 10,5; 15,5; 18,18; Is 22,15.20-21).

3. Mt 16,19: “…o que tu ligares sobre a terra será ligado no Céu, e o que desligares sobre a terra será desligado no Céu”.

“Ligar” e “desligar” eram termos técnicos usados pelos rabinos, que significavam “proibir” e “permitir” com referência à interpretação da Lei. Secundariamente significavam o poder de condenar ou absolver. Portanto, a São Pedro e a seus sucessores, os papas, foi dada a autoridade de estabelecer as leis para a doutrina e a vida, em virtude da Revelação e da assistência do Espírito Santo (Jo 16,13), e de receber a obediência da Igreja. “Ligar” e “desligar” representam os poderes judiciais e legislativos do papa e do bispos (Mt 18,17-18; Jo 20,23). São Pedro, no entanto, é o único Apóstolo que recebeu esses poderes individualmente, o que o põe em lugar de preeminência no Colégio Apostólico.

4. O nome de Pedro ocorre em primeiro lugar em todas as listas dos Apóstolos (Mt 10,2; Mc 3,16; Lc 6,14; At 1,13). Mateus chega a chamá-lo de “primeiro” (10,2). Judas Iscariotes é invariavelmente mencionado em último lugar.

5. Pedro é quase sempre mencionado primeiro, quando seu nome aparece junto de outros. Em um exemplo que contradiz esta regra (o único), Gl 2,9, no qual “Cefas” é listado depois de Tiago e antes de João, Pedro aparece claramente em destaque, levando-se em conta o contexto do versículo (p. ex., 1,18-19; 2,7-8). Alguns códices registram variações nas quais Pedro aparece em primeiro lugar.

6. Apenas Pedro, entre todos os Apóstolos, recebe um novo nome, “pedra”, solenemente conferido (Jo 1,42; Mt 16,18).

7. Da mesma forma, Pedro é colocado por Jesus como o Pastor Chefe depois dele mesmo (Jo 21,15-17) sobre a Igreja Universal, embora outros possuam um papel parecido mas subordinado (At 20,28; 1Pd 5,2).

8. Jesus ora apenas por Pedro, dentre todos os Apóstolos, para que a sua fé não desfaleça (Lc 22,32).

9. Apenas Pedro, entre todos os Apóstolos, é exortado por Jesus: “fortalece teus irmãos” (Lc 22,32).

10. Pedro é o primeiro a confessar a divindade de Cristo (Mt 16,16).

11. Apenas de Pedro se diz que recebeu conhecimento divino através de uma revelação especial (Mt 16,17).

12. Pedro é considerado pelos Judeus (At 4,1-13) como o líder e porta-voz dos cristãos.

13. Pedro é considerado pelo povo da mesma forma (At 2,37-41; 5,15).

14. Jesus Cristo paga o imposto para si mesmo e para Pedro (Mt 17,24-27).

15. Cristo ensina da barca de Pedro, e a pesca milagrosa que se segue (Lc 5,1-11) é talvez uma metáfora sobre o papa como “pescador de homens” (cf. Mt 4,19).

16. Pedro foi o primeiro Apóstolo a partir para, e a entrar em, o sepulcro vazio (Lc 24,12; Jo 20,6).

17. Um anjo destaca Pedro entre os discípulos como líder e representante dos Apóstolos (Mc 16,7).

18. Pedro lidera os Apóstolos na pesca (Jo 21,2-3.11). A “barca” de Pedro tem sido considerada pelos católicos como uma figura da Igreja, com Pedro no leme.

19. Apenas Pedro anda sobre as águas para encontrar-se com Jesus (Jo 21,7).

20. As palavras de Pedro são as primeiras a serem registradas e as mais importantes no Cenáculo, antes de Pentecostes (At 1,15-22).

21. Pedro toma a liderança na convocação para a escolha de um substituto para Judas (At 1,22).

22. Pedro é a primeira pessoa a falar (e a única registrada) depois de Pentecostes, de modo que ele foi o primeiro cristão a “pregar o Evangelho” no tempo da Igreja (At 2,14-36).

23. Pedro opera o primeiro milagre do tempo da Igreja, curando um aleijado de nascença (At 3,6-12).