sexta-feira, 8 de abril de 2011

SAUDADES DE MÃE


Não, eu não vi a sua cura se cumprir
Eu não vi o seu milagre acontecer
Nada que eu pedi a Deus aconteceu
É... Vou tentando achar o rumo por aqui
Vou reaprendendo ser sem ter você
Descobrindo em mim o que você deixou


Grito seu nome
Desejoso de resposta
Quando vejo a mesa posta
E seu lugar sem ter ninguém
Mas nessa ausência
Sei que existe outra presença
Uma força que sustenta
E que me faz permanecer... de pé

É Jesus, meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade
Que sofreu por seus amigos
E que esteve ao meu lado
Quando eu vi você partir

É Jesus, meu Deus humano
Que conhece a dor de ver partir a quem se ama
Que chorou de saudade
Que sofreu por seus amigos
E que não me abandona
Quando eu não sei compreender

Por que você partiu
Por que você se foi
E porque o milagre não se deu como eu pedi

Não, eu não vou perder a fé nem desistir
Foi você que me ensinou antes de ir
Vou vivendo assim, conhecendo o coração
Que você fez pulsar em mim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Há quem diga que não existem almas gêmeas; há quem diga que não acredita nas ações divinas. Quantos enganos!


Há quem diga que o amor é só imaginação; há quem diga não ser possível vencer na vida. O negativismo empobrece a alma.

Há quem diga que se apaixonar é perda de tempo; há quem diga que o trabalho é a melhor opção para ocupar o nosso tempo. Onde fica o verdadeiro sentido da vida? O ato de viver, do lazer?

Há quem diga que os momentos são passageiros; há quem diga que nada é por acaso. Nossas próprias ações atraem nossos verdadeiros anseios, desde bons a ruins.

Há quem diga que a loucura está nas opiniões de quem os observa; há quem diga que os ouvidos são os melhores cúmplices. É de pensar...

Há quem diga que o corpo revela muito de cada pessoa, desde a personalidade e suas atitudes; há quem diga que os olhos expõem a verdadeira essência, a emoção, de uma pessoa.

Há quem diga que escrever é para quem não tem nada para fazer; há quem diga que escrever é descobrir o mundo de outras formas. Contudo, digo que escrever é viajar em nossos próprios devaneios, faz parte de cada ser pensante e criativo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

QUEM SOU EU?


olá lí esse texto achei legal e resolvi compartilhar:

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...
Vejam só que dilema!!!
Na ficha da loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa INQUILINO,na condução PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado CONSUMIDOR.
Para a Receita Federal CONTRIBUINTE, se vendo algo importado CONTRABANDISTA . Se revendo algo, sou MUAMBEIRO, se o carnê tá com o prazo vencido INADIMPLENTE, se não pago imposto SONEGADOR. Para votar ELEITOR, mas em comícios MASSA , em viagens TURISTA , na rua caminhando PEDESTRE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se compro um livro LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. Para o Ibope ESPECTADOR, para apresentador de televisão TELESPECTADOR, no campo de futebol TORCEDOR.
Se sou corintiano, SOFREDOR. Agora, já virei GALERA. (se trabalho na ANATEL , sou COLABORADOR ) e, quando morrer... uns dirão... FINADO, outros... DEFUNTO, para outros...EXTINTO , para o povão... PRESUNTO... Em certos círculos espiritualistas sere i...DESENCARNADO, evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...
E o pior de tudo é que para todo governante sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia já fui mais EU.

Autor: Luiz Fernando Veríssimo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

SAUDADES DE MÃE


Coloquei o filtro da arte naquela cena comum, e a luz - que
até então estava escondida -, veio surpreender-me com seu
poder de claridade.
A mulher simples, mãos calejadas de lida rotineira,
mulher que aprendeu a curar as dores do mundo
a partir de meus joelhos esfolados de quedas e estripulias.
Aquela mulher, minha mãe, rosto iluminado pela labareda que tinha origem no fogão de lenha. Trazia consigo o dom de me
devolver a calma, que a vida tantas vezes insistiu em me roubar.
Aquela cena: mulher, fogão de lenha, panela preta escondendo a brancura de um arroz feito na hora. É uma das cenas mais preciosas que meu coração não soube esquecer.
Saudade de mãe é coisa sem jeito, chega quando menos
imaginamos: um cheiro, uma melodia, uma palavra... uma
imagem, e eis que o cordão do tempo,
nos convida ao retorno da infância.
Como se um fio nos costurasse de novo ao colo da mulher que primeiro nos segurou na vida e agora nos pudesse regenerar.
Saudade de mãe é ponte que nos favorece um retorno a nós mesmos;
travessia que borda uma identidade muitas vezes esquecida,
perdida na pressa que nos leva.
Saudade de mãe é devolução, é ato que restitui o que se parte;
é luz que sinaliza o local do porto,
é voz no ouvido a nos acalmar nas madrugadas de desespero e solidão,
através de uma frase simples: Dorme meu filho! Dorme!
Hoje, nesse dia em que a vida me fez criança de novo,
neste instante em que esta cena feliz tomou conta de mim,
uma única palavra eu quero dizer: Oh minha mãe, que saudade eu sinto de você!